TE AMO, VIOLÃO

 



Vai parecer coisa de malandro.

Que se esqueceu do presente no aniversário.

E presenteou com um falso amor pronunciado.

Como um amante pego em flagrante.

E descobriu, na urgência, um amor antes velado.

Hoje somos casal esfriado.

Já fomos de todo apaixonados.

Mas ficamos num vácuo.

Algo que não se diz: um cavernáculo.

Quando sozinho, não busco família.

Busco você, veja que maldade a minha.

Repare: nada supera o colo da minha mãezinha.

Mas quando entre amigos, mostro-lhe pouco.

Sou tímido.

Entenda, lindo instrumento de pau oco.

Um dia a gente se acerta.

Peço perdão às suas cordas.

E a gente se amacia.

Se ama.

Se notas.

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